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Empresas suspendem e reduzem voos para o Brasil devido coronavírus

Atualizado 13/3 as 18h13 – Várias companhias aéreas estão reduzindo e cancelando voos domésticos e internacionais em todo o mundo devido a propagação do novo coronavírus (Covid-19).

American Airlines

O voo diário da empresa entre Guarulhos (GRU) e Nova Iorque será reduzido entre abril e maio. A rota, atualmente operada pelo Boeing 777-300ER com capacidade para 304 passageiros, é operada diariamente.

A partir do dia 14 de abril, os voos de terça e quarta não serão realizados. A redução se estenderá até o dia 7 de maio, quando a rota volta a ser operada diariamente.

A empresa irá suspender os voos de Dallas e Los Angeles para São Paulo. A medida passa a valer a partir do dia 19 de março para as duas rotas e estão previstas para retornar nos dias 24 de outubro (Los Angeles) e 3 de junho (Dallas).

A aérea também suspendeu outras rotas na América do Sul, como voos de Buenos Aires para Miami, Nova York, Dallas e Los Angeles (veja mais no quadro abaixo).

Em comunicado, a AA informou ainda que irá reduzir a capacidade internacional para a temporada de verão no hemisfério norte em 34% em relação ao cronograma de vendas anterior, além de uma redução de 50% na capacidade transatlântica no próximo mês.

JetSmart

A JetSmart adiou o início da operação em São Paulo. Previsto para o próximo dia 20, o voo inaugural da empresa na capital paulista foi cancelado e ainda não tem nova data definida para ocorrer.

No planejamento da companhia, São Paulo seria o terceiro destino brasileiro atendido – Foz do Iguaçu e Salvador já são ligados pela aérea a Santiago.

Royal Air Maroc

A Royal Air Maroc comunicou a suspensão temporária dos voos que opera no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo a empresa, os cancelamentos acontecerão entre os dias 10 de abril e 7 de junho de 2020. Ainda de acordo com a aérea, a reacomodação poderá ser feita nos voos com origem e destino a São Paulo, sendo que os trechos entre Rio e São Paulo poderão ser realizados em voos da Gol.

A companhia destaca ainda que, caso o passageiro não aceite a reacomodação, o reembolso integral poderá ser solicitado, sem direito a endosso para outras empresas.

Alitalia

A Alitalia vai reduzir nos próximos dias seus voos para o Brasil, pela queda na demanda e as restrições impostas pelo Governo Italiano para controlar a pandemia do COVID-19. Os voos da Alitalia entre Roma e São Paulo (GRU) será reduzido de 12 para 11 frequências semanais até o dia 14 de março, para nove de 15 a 21 de março, e oito entre 22 e 28 de março.

A média de voos semanais para Guarulhos deve ficar em oito somente até o dia 29, depois disso a companhia planeja operar normalmente.

A Alitalia também reduziu os seus voos entre Roma e o Rio de Janeiro, que atualmente tem frequência diária, mas passará a ser operado somente quatro vezes por semana até o dia 29 de março.

A companhia utilizará no Brasil o Airbus A330 e o Boeing 777 durante esse período, ela ressalta ainda que está entrando em contato com os clientes afetados, oferecendo reembolso ou remarcação da passagem.

TAP

A baixa na procura faz com que a TAP tenha procedido ao cancelamento imediato de voos com menor procura, reduzindo a capacidade em 4% em março e 6% em abril, o que representa um total de cerca de 1000 voos.

Estes cancelamentos incidem especialmente na operação para cidades nas regiões mais afetadas, sobretudo Itália, mas contemplam também a redução de oferta em outros mercados europeus que mostram maiores quebras da procura, como Espanha ou França, e incluem ainda alguns voos intercontinentais, dado o modelo de operação da TAP, como companhia de longo curso e conexão.

Os voos em específicos não foram informados pela companhia, que se limitou a informar que os passageiros afetados serão contactados, além de sempre ser possível checar a situação do voo no site da empresa.

Azul

A companhia aérea Azul reduziu as frequências de voos internacionais para a Flórida (EUA) e para Porto (Portugal), em meio aos desdobramentos da epidemia do coronavírus, disse na terça (10) o presidente-executivo da companhia, John Rodgerson.

Embora não tenha citado números, Rodgerson afirmou que o ajuste tem impacto irrelevante nas operações da companhia, dado que apenas 12 dos mais de 900 voos diários operados pela Azul são internacionais.

“Estamos reduzindo frequências para a Flórida e para Porto“, disse Rodgerson à Reuters, citando a queda da demanda por passagens e o aumento dos custos devido à alta do dólar.

De acordo com Rodgerson, as operações domésticas “estão controladas” e não houve reduções de frequências por conta do coronavírus. O executivo alertou, porém, que devido a questões sazonais e também à alta do dólar, a empresa pode reduzir algumas frequências domésticas no segundo trimestre.

“Nossa maior preocupação no momento é a alta do dólar”, disse.

A companhia estará suspendendo os voos saindo de Confins (CNF), Belém (BEL) e Recife (REC) com destino à Buenos Aires (EZE), Fort Lauderdale (FLL) e Orlando (MCO), durante os meses de abril à junho.

A Azul deixará por tanto, somente Campinas (VCP) com voos internacionais.

Nova York – A companhia aérea está postergando o início dos voos para Nova York, que anteriormente estava programado para iniciar o novo destino internacional no dia 15 de junho. Agora, a Azul planeja abrir Nova York apenas em 1º de setembro.

Latam

A baixa demanda e as restrições impostas pelos governos de vários países devido ao avanço do coronavírus, declarado pandemia pela Organização Mundial da Saúde, levaram a Latam Airlines e suas filiais a anunciarem uma redução de aproximadamente 30% de seus voos internacionais.

Segunda a companhia, em comunicado divulgado nesta quinta (12), “por enquanto, esta medida será aplicada principalmente para voos da América do Sul à Europa e aos Estados Unidos, entre 1º de abril e 30 de maio”.

“Diante de um cenário complexo e extraordinariamente dinâmico, o Grupo Latam está tomando medidas imediatas e responsáveis para resguardar a sustentabilidade do grupo a longo prazo, protegendo os planos de viagem dos passageiros e buscando cuidar do emprego dos seus 43 mil funcionários”, afirmou Roberto Alvo, atual vice-presidente comercial do Grupo Latam Airlines.

A Latam informou ainda que seguirá mantendo seus rígidos protocolos de segurança e higiene para proteger o bem-estar dos seus passageiros, tripulação e equipes de solo. Ao mesmo tempo, implementou procedimentos especiais de limpeza para suas aeronaves, que possuem um sistema de recirculação que renova o ar nos aviões a cada 3 minutos, com sistemas de filtro de última geração.

Voos domésticos – Até o momento, o grupo não viu impactada a demanda em seus mercados domésticos e, por isso, definiu não implementar alterações em seus itinerários de voos domésticos por enquanto.

“Continuaremos monitorando o avanço do Coronavírus, mantendo as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades e oferecendo aos passageiros flexibilidade e as melhores condições de conectividade para que cheguem aos seus destinos”, disse Roberto Alvo.

Gol

A GOL estará suspendendo a partir de 1º de maio até final de junho, seus voos para Miami (MIA) e Cancún (CUN), a partir de Brasília (BSB). Os cancelamentos devem fazer parte da estratégia da companhia enfrentar a crise financeira que o país poderá passar em breve, com dólar alto e ações da bolsa de valores despencando, devido os impactos do novo coronavírus (Covid-19).

Os voos para CUN serão suspensos a partir do dia 1º de maio até 28 de junho, enquanto MIA fica suspenso entre 2 de maio até 30/06.

EUA suspende entrada de viajantes da Europa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de quarta (11), que o país estará suspendendo a entrada de viajantes procedentes da Europa, durante os próximos 30 dias, exceto para o Reino Unido, a partir da próxima sexta (13). O motivo principal segundo o presidente, é conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19) no país.

Com a medida, o impacto na aviação será ainda maior do que já vem acontecendo nas últimas semanas, com várias companhias aéreas cancelando voos domésticos e internacionais em todo o mundo. As principais companhias aéreas americanas (American, Delta e United) já haviam anunciado vários cortes em seus voos.

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