O Aeroporto de Porto Alegre, pretende retomar a operação de pousos e decolagens a partir de outubro deste ano. As atividades foram suspensas em maio, devido as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. Desde o dia 15 de julho, o aeroporto tem funcionado de maneira parcial, com a transferência para a Base Aérea de Canoas, a cerca de 10km da capital gaúcha.
De acordo com a Fraport, empresa que gerencia a operação, o retorno da operação será parcial, com apenas 500 voo diários entre 10h da manhã e 22h. A estimativa dada por representantes da Fraport aconteceu durante reunião com ministros e autoridades do setor de aviação do Governo Federal em Brasília. Segundo a empresa, o aeroporto também pretende retomar 100% da operação até dezembro. Durante as enchentes, a pista do aeroporto de Porto Alegre ficou submersa por 23 dias.
Por enquanto, a operação de voos comerciais tem acontecido de maneira híbrida. Serviços como check-in e despacho de bagagens são feitos no terminal de Porto Alegre. Os voos, por outro lado, acontecem na Base Aérea de Canoas, adaptada para voos comerciais. Os passageiros são transferidos para a cidade de maneira gratuita, com ônibus oferecido pelo aeroporto. O equipamento na cidade metropolitana teve disponibilidade de 163 mil assentos entre os meses de maio e junho, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul (Setur) com base em dados da plataforma ForwardKeys.
Manutenção e recuperação da operação
Desde julho, a Fraport Brasil tem investido no projeto de reabilitação da área. Após apresentar o estudo de avaliação da pista do aeroporto ao governo federal, a empresa avança com a recuperação das operações de pouso e decolagem.
O projeto de recuperação está dividido em três fases. O primeiro foco estava na limpeza e avaliação de danos, fase já concluída. Depois, iniciaram a segunda fase, para a recuperação das áreas necessárias para a operação de pouso e decolagem. A terceira e última fase deverá se concentrar na manutenção de áreas sem a movimentação de aeronaves.
De acordo com a empresa, o trabalho na fase 1 também serviu para avaliar a integridade da pista de pouso e decolagem. Conforme a análise, a estrutura precisará passar por uma reconstrução parcial de mais de 2 mil metros da pista de pouso e decolagem. Conforme a Fraport, esse processo foi a base para a estruturação das demais fases do projeto.
A fase 2, prevista para encerrar em outubro, tem sido o período para a recuperação das áreas necessárias para a retomada da operação de pouso e decolagem. Dentre as ações, esta a reconstrução de 1,3 mil metros de extensão da pista de pouso e decolagem. O projeto ainda envolve a construção de 20 mil metros quadrados, do Pátio 1, local onde as aeronaves ficam estacionadas e a taxilane do Pátio 1 (Posições 06 a 011, equivalente a 20 mil metros quadrados).
A última fase deve acontecer em outubro, em áreas sem movimentação de aeronaves. Neste período, também está prevista a construção de 1,2 mil metros quadrados de extensão da pista de pouso e decolagem.
Fonte: Estadão