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Queda de avião mata 12 pessoas em Rio Branco

O Cessna Caravan prefixo PT MEE explodiu ao cair próximo à pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, na manhã deste domingo (29). Segundo o Governo do Estado do Acre, todas as doze pessoas a bordo morreram. Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico.

O voo era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 6h30 no horário local (8h30 em Brasília), logo após a decolagem.

O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.

Na aeronave estavam seis homens, três mulheres e uma criança de 1 ano e 7 meses, além do piloto e do copiloto. Seis das vítimas eram de Eirunepé (AM). Havia, ainda, moradores de Envira (AM).

A aeronave era pilotada por Cláudio Atílio Mortari, que, de acordo com suas redes sociais, era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba. O copiloto que Kleiton Lima Almeida, de 39 anos, que também morreu na queda de avião, nasceu e morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês, segundo a irmã, Gardeny Lima.

Identificação dos corpos deve ser feita por DNA

O diretor da polícia técnico científica Mario Sandro Martins informou que profissionais que estavam de folga foram acionados para o resgate dos corpos. Os corpos começaram a chegar no Instituto Médico Legal às 13h30 (15h30 pelo horário de Brasília). Todos os 12 corpos foram resgatados.

Segundo Martins, o estado em que os corpos foram encontrados dificulta a identificação e vai ser preciso recorrer a exames de DNA. Não há previsão para a conclusão desse procedimento.

“A situação foi muito difícil. O avião colidiu com as árvores, explodiu e os corpos ficaram carbonizados, foi muito difícil a retirada. Os corpos estavam bastante fragmentados, carbonizados. Vai ser feita uma análise do estado dos corpos. Depois disso, vamos ver qual o meio de identificação e tudo indica que o meio vai ser através do DNA, através do material genético. Para isso, nós vamos colher o material genético dos familiares para a gente fazer o confronto genético. Nós vamos analisar cada caso. Vamos nos reunir com o laboratório de genética, o IML, a perícia criminal, os peritos e vamos analisar da melhor forma”, disse.

Investigação

O Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), localizado em Manaus, vai apurar as causas da queda do avião.

De acordo com a Aeronáutica, na investigação “serão utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.

Aeronave caiu em 2008

A mesma aeronave se envolveu em grave acidente em 2008, com itinerário local no estado do Pará, partindo de Belém com destino a Itaituba.

Na época, o avião pertencia à empresa Taxi Aéreo Marília, que se tornou a TAM. O motivo da queda, ocorrida em 2008, foi um vazamento de óleo identificado no motor. Os dois tripulantes que estavam na aeronave saíram ilesos.

O comando da Aeronáutica emitiu relatório detalhando que não houve inspeção antes do primeiro acidente da aeronave de pequeno porte e que a mangueira de óleo do radiador havia sido instalada de maneira inadequada. “Com aproximadamente 01h10min de voo foi percebido o odor de óleo dentro da aeronave, seguido de uma queda na pressão do óleo do motor”.

Fontes: G1 / Diario do Poder

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