O Governo Federal está analisando uma proposta para dobrar de 500 para 1.000 dólares o valor de isenção de impostos para compras em free shops para os passageiros que desembarcam em voos internacionais no Brasil. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
O atual limite é o mesmo desde 1991 e já estaria defasado, de acordo com a Dufry, concessionária que opera 33 lojas do gênero nos principais aeroportos brasileiros. A mudança traria um acréscimo de R$ 320 milhões em impostos que incidem sobre o faturamento das lojas, afirmou a rede.
Com um limite de 1.000 dólares, por exemplo, seria possível vender o modelo mais caro de Iphone sem impostos nas lojas de free shop. Mas isso não quer dizer que o preço seria igual ao dos Estados Unidos, já que outros eletrônicos que ficam dentro do valor da cota atual não custam barato nas lojas dos aeroportos.
Em busca de apoio à proposta, a Dufry teria oferecido colocar uma seção de produtos brasileiros em suas 2.700 lojas espalhadas pelo mundo, em mais de 65 países.
Embora o ministro tenha decidido apoiar a proposta, falta driblar a resistência da Receita Federal. O órgão não quer abrir mão da arrecadação sobre os produtos vendidos.
De acordo com a Dufry, tal aumento da cota vai trazer um acréscimo de R$ 320 milhões em tributos que incidem sobre o faturamento da loja. Para compensar, a empresa se comprometeu a pôr em suas 2.700 unidades em 65 países uma seção só para produtos brasileiros.