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Linha de pipa deixa helicóptero do Corpo de Bombeiros de MG avariada

Dom Jun 17, 2018 11:52 am

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No dia 15 de junho, ao aproximar-se para pouso no aeroporto da Pampulha, o helicóptero Airbus EC-145 matrícula PR-UEA callsign Arcanjo 04 avistou uma pipa e, apesar da manobra do piloto, não conseguiu desviar da linha.

A aeronave passou por uma manutenção e realizou a troca de um equipamento que ficou comprometido após a colisão com a pipa. Além de deixar a aeronave indisponível para atender à população, o conserto irá custar cerca de 40 mil dólares.

A aeronave não poderá realizar os atendimentos à população e ainda não há previsão de retorno da manutenção. Nesse episódio, a linha danificou duas hastes de comando de passo, equipamento responsável pela inclinação das pás da aeronave e que permite que ela voe.

Esse equipamento possui uma proteção, mas por a linha ser fina, ela passou entre a proteção e peça, causando um desgaste, que apesar de pequeno, comprometeu o componente e, consequentemente, os voos.

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Cada peça custa cerca de 20 mil dólares e terão que ser trocadas. Não há previsão de retorno da aeronave, já que os serviços de reparo são realizados por empresas terceirizadas e não há peças disponíveis para pronta entrega.

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Os exemplos são frequentes. Em julho de 2016, uma linha de pipa com cerol ficou presa a uma pá do helicóptero Arcanjo, da 2ª Companhia do Batalhão de Operações Aéreas, com sede em Varginha, no Sul de Minas.

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Em janeiro de 2017, uma linha com cerol de enorme extensão caiu dentro do hangar dos bombeiros, na Pampulha, o que obrigou os militares de serviço a paralisarem as atividades por 20 minutos para a retirada do material da pista.

Esse tempo é precioso quando o assunto é salvar vidas. Esses incidentes, apesar de parecerem pequenos, podem deixar a aeronave indisponível para uso e gerar manutenções preventivas ou corretivas, que geram altos custos para o Estado.

A situação é preocupante, alerta o Capitão Penido, piloto do Corpo de Bombeiros Militar. “Uma linha de pipa, ao se enroscar no rotor do helicóptero, prejudica a segurança do voo, colocando a tripulação em risco. Tripulação essa que realiza resgates e salvamentos diários em todo Estado, além do prejuízo nos atendimentos”, afirma. O capitão alerta: “O problema é sério e só a conscientização pode ajudar a diminuir esse risco. Se todos colaborarem, quem ganha é a própria população”, diz o Capitão Penido.

Crime

O uso do cerol é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Em caso do uso do cerol por crianças ou adolescentes, estes podem ser apreendidos e encaminhados às autoridades competentes. Já o adulto que fizer uso do cerol será conduzido, junto ao material, até a autoridade judiciária, podendo até mesmo ser preso. Em Minas Gerais, a Lei Estadual nº 14.349 de 2002 prevê multa para os infratores, ficando esses sujeitos também a sanções cíveis e penais.

Dicas dos Bombeiros
- Solte pipas em locais abertos, preferencialmente em parques
- Não use linha chilena ou cerol
- Não solte pipas perto de aeroportos
- Não solte pipas em dias nublados e de chuva
- Dê preferência a pipas sem rabiolas pois é esta a parte que mais se prende à aeronave

Emergência ligue 193

Fonte: BOA - Batalhão de Operações Aéreas do CBMMG

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