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Em depoimento, Dilma isenta Lula de tráfico de influência com caças Gripen

Sex Jun 23, 2017 10:59 am

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Convocada pelo Ministério Público Federal para depor como testemunha em um processo resultante da Operação Zelotes, a ex-presidente Dilma Rousseff isentou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, de ter influenciado de alguma forma a compra dos caças suecos Grippen pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Falando por vídeoconferência de Porto Alegre, Dilma também negou que Lula tenha atuado para que ela não vetasse a renovação de um benefício fiscal para a indústria automobilística.

Lula e seu filho, Luís Cláudio da Silva, são réus no processo que investiga tráfico de influência nesses dois negócios. Além dos dois, são réus os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni.

De acordo com Dilma, a escolha dos caças suecos, oficializada em dezembro de 2013, foi baseada em um processo seletivo que considerou três variáveis: preço, custo de manutenção e transferência de tecnologia.

A ex-presidente explicou que o avião americano tinha melhor preço, mas que a transferência de tecnologia só poderia ser feita mediante aprovação do Congresso americano.

Já o caça francês, segundo Dilma, tinha custo de manutenção elevado. Questionada sobre o fato de Lula ter chegado a anunciar a escolha desse modelo, em 2009, a ex-presidente afirmou que a simpatia pelo caça francês era "genérica e incipiente".

A escolha do avião sueco se baseou especualmente na proposta de parceria para o desenvolvimento tecnológico do produto. "É isso que leva o governo brasileiro ao Grippen", disse Dilma ao juiz federal Vallisney de Oliveira, titular da 10a Vara Federal de Brasília.

Lula também é acusado de ter influenciado o governo Dilma a não vetar uma emenda à Medida Provisória 627. A emenda, de autoria do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prorrogava até 2020 benefícios fiscais da indústria automobilística.

No depoimento, Dilma afirmou que a MP era a "pré-estreia da pauta-bomba", pela qual o Congresso atuou para prejudicar a arrecadação federal. Diante de uma situação política delicada, a presidente avaliou todas as emendas e decidiu não vetar o "jabuti" de Cunha.

"Lula sempre foi respeitoso à minha condição de presidente. Ele jamais intermediou qualquer tipo de situação comigo", afirmou a ex-presidente.

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