CEO da Qatar Airways chama companhias americanas de porcarias com serviço de avós
O CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, durante palestra em Dublin, rotulou as comissárias de bordo norte-americanas como “avós”. "A média de idade da equipe de bordo de nossas aeronaves é de apenas 26 anos, então não há a necessidade de você viajar naquelas porcarias de companhias dos Estados Unidos", atacou o mandatário, com um ligeiro sorriso no rosto, e arrancando risos da audiência.
A vice-presidente de Serviço de Voo da American Airlines, Jill Surdek, acusou os comentários de Al Baker de serem "incrivelmente ofensivos" e " ao mesmo tempo sexista e ageista", comunicou, em mensagem a seus funcionários, referindo-se a preconceito de gênero e de idade.
Já a AFA-CWA, associação que representa mais de 50 mil comissários nos EUA, expressou aborrecimento com o fato, "mas não estamos surpresos com a misoginia e discriminação da Qatar Airways". Segundo a presidente da entidade, Sara Nelson, “não há espaço para separação da humanidade em voos ou em emergências. Comissárias de bordo são preparadas para salvar vidas e cada vida conta. Se você sustenta a Qatar Airways, você está apoiando o sexismo, racismo e ageismo”.
Em protesto, AA deve encerrar acordo com Etihad e Qatar
A American Airlines está encerrando seus acordos de codeshare com as companhias Etihad Airways e Qatar Airways como uma forma de protesto contra subsídios governamentais recebidos pelas aéreas do Golfo. A companhia norte-americana notificou as duas companhias no final de junho e a última data válida para viagens realizadas com o codeshare deve ser 24 de março de 2018.
De acordo com um porta-voz da American, todos os outros aspectos da relação comercial da companhia com a Etihad e a Qatar permanecem intactos, incluindo acordos de frete, programa de passageiro frequente e acesso a lounges. Segundo a companhia, o encerramento do acordo foi avaliado uma vez que "as relações de compartilhamento com tais aéreas não faziam mais sentido" para a AA.
Uma campanha liderada por companhias como AA, Delta Air Lines e United Airlines, e apoiada por muitos de seus grupos sindicais, alega que as transportadoras do Golfo violam os termos de tratados de céu aberto, uma vez que se beneficiam de grandes subsídios de seus governos que permitem a redução de preços e a expansão de redes. A alegação de concorrência desleal é negada fortemente pelas companhias do Golfo.
A troca de farpas entre Oriente Médio não fica apenas neste âmbito. Em discurso realizado esta semana, o CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, não poupou a concorrência norte-americana ao dizer que suas aéreas são "porcarias e suas comissárias de bordo são avós, ao contrário da jovem equipe da Qatar. Os norte-americanos reagiram ao acusar o mandatário árabe de ageista e sexista.