Boeing 707 da Varig está desaparecido há 45 anos
O desaparecimento do Boeing 707 da Varig em 30 de janeiro de 1979, conhecido como Voo Varig 967, continua a ser um dos enigmas mais fascinantes da aviação mundial. O avião, que partiu do Aeroporto Internacional de Narita, no Japão, tinha como destino o Rio de Janeiro, com uma escala programada em Los Angeles. A tripulação, composta pelo comandante Gilberto Araújo da Silva e outros cinco membros, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo cerca de 30 minutos após a decolagem, e a aeronave desapareceu sem deixar vestígios sobre o Oceano Pacífico.
Além da tripulação, o avião transportava uma carga valiosa, incluindo 53 obras do pintor Manabu Mabe, avaliadas em mais de US$ 1,24 milhão, que nunca foram recuperadas. A complexidade deste caso é ampliada pelo fato de que nenhum destroço ou evidência do avião jamais foi encontrado, apesar de extensas buscas e investigações.
Várias teorias foram propostas para explicar o misterioso desaparecimento, incluindo sequestro por colecionadores de arte e abate por forças militares estrangeiras. No entanto, nenhuma dessas teorias foi conclusivamente comprovada. O comandante Gilberto Araújo da Silva, que já havia sobrevivido a um acidente aéreo anterior, é uma figura central neste mistério, aumentando a intriga em torno do que poderia ter acontecido durante aquele fatídico voo.
Após mais de quatro décadas, o caso do Voo Varig 967 permanece sem solução, solidificando seu lugar na história da aviação como um dos desaparecimentos mais misteriosos de todos os tempos, comparável a casos como o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines em 2014
O desaparecimento do Boeing 707 da Varig em 1979, marcado pelo último contato com o comandante Gilberto Araújo da Silva às 20h45 sem relatar problemas, permanece um mistério profundo na história da aviação. A tentativa subsequente de comunicação às 21h23 não se materializou, e a aeronave desapareceu enquanto sobrevoava o Oceano Pacífico, sem deixar rastros de destroços ou corpos.
Os esforços de busca e salvamento iniciados após a perda de comunicação foram prejudicados pela escuridão, levando a uma suspensão temporária das operações até a manhã seguinte, 12 horas após a decolagem. Apesar de oito horas dedicadas à busca no dia seguinte, nenhuma evidência foi encontrada que pudesse esclarecer as circunstâncias do desaparecimento da aeronave. O relatório oficial sobre o incidente ecoou esta incerteza, afirmando a incapacidade de encontrar quaisquer indícios que pudessem iluminar as causas do desaparecimento.
A falta de uma explicação oficial e a ausência de destroços deixaram as famílias das pessoas a bordo em um estado de luto inacabado, como expressou Maria Letícia Chavarria, filha do comandante Araújo da Silva, destacando a angústia de não poder fechar o ciclo vital com o ritual de sepultamento. Esta tragédia não apenas impactou profundamente os entes queridos dos desaparecidos, mas também perpetuou uma das maiores incógnitas da aviação comercial global.
Teorias sobre o desaparecimento do Boeing 707 da Varig
O misterioso desaparecimento do Boeing 707 da Varig, que ocorreu em 1979, contava com uma tripulação experiente, incluindo o comandante Gilberto Araújo da Silva, o primeiro oficial Erni Peixoto Mylius, e os co-pilotos Antonio Brasileiro da Silva Neto e Evan Braga Saunders. Além deles, José Severino Gusmão de Araújo e Nícola Exposito compunham a equipe como mecânicos de voo.
Diversas teorias surgiram na tentativa de explicar o desaparecimento da aeronave. Uma delas sugere que o avião poderia ter sido roubado por interesse na valiosa carga de pinturas de Manabu Mabe, avaliadas em mais de US$ 1,24 milhões na época, que retornavam de uma exposição no Japão. Contudo, essas obras de arte jamais foram recuperadas.
Outra conjectura aponta para a possibilidade de o avião ter sido abatido por forças soviéticas. No entanto, a teoria que ganhou mais atenção entre os investigadores é a de uma despressurização lenta, que poderia ter causado a queda do Boeing no Oceano Pacífico, cerca de 45 minutos após a decolagem. Meses após o desaparecimento, sem encontrar qualquer vestígio, as famílias dos tripulantes receberam atestados de óbito.
Maria Letícia Chavarria, filha do comandante Gilberto, expressou a esperança inicial de que seu pai pudesse ter sobrevivido, talvez alcançando um arquipélago próximo. No entanto, a ausência de qualquer sinal do avião ou dos tripulantes levou à aceitação da perda. A dedicação de seu pai à aviação, mesmo em face do perigo, ressoa como um testemunho de sua paixão pela pilotagem.
Um fato marcante na carreira do comandante Gilberto foi sua sobrevivência a um acidente aéreo fatal na França, em 1973, quando um Boeing da Varig, sob seu comando, caiu em chamas. Este incidente anterior, que resultou na morte de 123 pessoas, destacou a habilidade e a bravura de Gilberto, que foi considerado um herói nacional na França pelo episódio.
Fonte: Curtamais