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Itapemirim - Notícias

Seg Mai 31, 2021 12:58 pm

Banco chinês acusa Itapemirim de desviar dinheiro para companhia aérea

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O China Construction Bank Brasil, antigo BicBanco, está pedindo ao juiz da recuperação judicial da Viação Itapemirim que destitua o empresário Sidnei Piva da administração da empresa. O banco acusa o empresário de desviar recursos da empresa de ônibus, obtidos com a venda de ativos, para criar uma companhia aérea, sem a aprovação prévia dos credores. Cerca de 30% do dinheiro obtido com a venda de ativos teriam sido aplicados na companhia aérea e somente 27% para pagamento de credores, que reclamam que o plano não está sendo cumprido. O próprio banco chinês já pediu a falência da empresa, o que não foi ainda analisado pela Justiça. Além disso, o banco diz que a empresa está deficitária e pede que o juiz exija que Piva relacione as dívidas extraconcursais, o que inclui dívidas com o fisco e com o próprio CCB.

A Itapemirim pediu no início da semana o fim da recuperação judicial, alegando que está com todos os pagamentos do plano em dia. A empresa entende que credores que contestam o valor de seus créditos só teriam direito a receber depois de decisões definitivas na Justiça, ou seja, com trânsito em julgado. Além disso, alega que o plano prevê que após 12 meses da homologação, não precisariam usar os recursos obtidos com a venda de ativos para pagar credores, o que é contestado pelo banco chinês. Em entrevista ao Radar Econômico, há duas semanas, Piva contou que o fim da recuperação judicial é fundamental para os planos de investimento bilionário de fundos árabes na companhia aérea ITA que começou a vender passagens e vai fazer seu primeiro voo comercial no fim de junho. Piva também garantiu que fez acordo com os fiscos para pagamento da dívida bilionária. O pedido para o fim da recuperação judicial ainda não foi avaliado pela Justiça.

Veja nota enviada pela Itapemirim:

“O Grupo Itapemirim informa que o credor está recebendo o valor do seu crédito nos termos do plano de recuperação judicial, em parcelas mensais de R$ 100 mil, devidamente comprovados nos autos do processo nº 1108214-64.2020.8.26.0100. O plano de recuperação judicial prevê a possibilidade de alienação, locação ou arrendamento de todos seus bens e ativos, visando fomentar a operação, seja em relação a novos investimentos/projeto e/ou substituição da frota de veículos. Conforme disposto no plano de recuperação judicial aprovado pelo próprio credor China Construction Bank Brasil, o Grupo Itapemirim está autorizado a realizar novos projetos, por ora, direcionado ao setor aéreo.”

+Dólares árabes vão financiar a bilionária companhia aérea da Itapemirim

Fonte: Veja
 
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Re: Itapemirim - Notícias

Seg Mai 31, 2021 12:59 pm

Itapemirim já tentou comprar a Passaredo para transportar passageiros voando

A Itapemirim está entrando agora no mercado de transporte aéreo. Já conhecida no meio rodoviário, a empresa iniciou em 2020 uma série de procedimentos para estabelecer uma nova aérea no país.

A companhia já investiu no setor de aviação brasileiro antes, quando teve uma companhia aérea cargueira na década de 90. No entanto, faz alguns anos que a Itapemirim está se movimentando para voltar ao setor de aviação, mas agora transportando passageiros.

Na década de 90 a Viação Itapemirim também reproduziu sua ideia de criar uma companhia aérea cargueira, ela já teve seis aviões Boeing 727-100/200, um Douglas DC-8 convertido para cargueiro alugado da Vasp, outro Boeing 707 que foi até mesmo alugado da Skymaster. Mesmo registrando alta taxa de ocupação cargueira das aeronaves, a companhia misteriosamente vendeu suas aeronaves em 1999 e declarou o encerramento das operações em 2000.

E em julho de 2017 o Grupo Itapemirim tentou realizar a compra da Passaredo, que opera voos regionais. Na época a Itapemirim tinha como meta na Passaredo conseguir fazer uma perfeita integração entre o transporte rodoviário e aéreo, a empresa falou de adicionar até 13 aeronaves na frota da companhia, que só tinha 7 ATRs em operação.
Interior de um ATR da Passaredo, atualmente VoePass.

A Itapemirim também queria ampliar os planos, atendendo 20 destinos através do modal aéreo, e planejava também expandir a sua frota com 1200 ônibus. Os acordos de codeshare com a LATAM e GOL deveriam ser mantidos mesmo após a venda, indicando que a companhia não planejava concorrer com as “grandes”, como agora.

Sem pagamentos para fechar o contrato

As duas empresas em 2017 estavam em recuperação judicial, sendo que a VoePass iniciou o processo em 2013, e saiu da mesma pouco antes do início da crise atual e logo após comprar a MAP. Já a Itapemirim iniciou em 2016 o processo de Recuperação Judicial, e fala em sair somente agora, em 2021.

Apesar do interesse em comprar a Passaredo e fazer a empresa crescer, o contrato assinado anteriormente com o Grupo Itapemirim, controlado pelos empresários Sidnei Piva de Jesus e Camila Valdívia, foi desfeito.

Na época os controladores da Passaredo informaram que o principal motivo foi o “não cumprimento das condições precedentes estabelecidas em contrato”, essa nota da empresa é referente ao pagamento de um valor não divulgado em um prazo de até 60 dias, mas esse pagamento não ocorreu e os sócios da Passaredo desfizeram o negócio.

Deste modo, o controle da companhia não foi repassado para o Grupo Itapemirim, e a clássica empresa de ônibus arquivou os seus planos de operar no modal aéreo. Na época o valor de compra da Passaredo pela Itapemirim não foi divulgado, e permanece um mistério até os dias atuais.

Diferentemente dos planos anteriores, atualmente a Itapemirim já está “começando grande”, operando aviões do modelo Airbus A320, e com rotas que concorrem com a Azul, GOL e LATAM. A meta atual é ter pelo menos 50 aviões na frota até o final de 2022.

Já a Passaredo seguiu seu próprio caminho, a empresa comprou a MAP em 2019, realizando uma fusão com a mesma. Além dos aviões da nova empresa, a VoePass, como foi renomeada, adicionou mais aviões ATR 72 na sua frota logo após a fusão, para reforçar os voos regionais.

Independente, a Passaredo também esperava adicionar aviões maiores na sua frota em 2020, contudo, a pandemia alterou o planejamento de todas as empresas do setor, que precisaram enfrentar um momento de baixa demanda repentino, nunca antes visto na aviação.

Fonte: Aeroflap

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